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ONU diz que Israel concorda com pausas na luta contra a poliomielite em Gaza

O acordo consiste em pausas temporárias em áreas separadas de Gaza com o objetivo de vacinar 640.000 crianças menores de 10 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz ter recebido um “compromisso preliminar” permitindo “pausas humanitárias” temporárias em Gaza para distribuir vacinas contra a poliomielite, já que as condições de deterioração causadas pela guerra de Israel alimentam a disseminação de doenças e enfermidades por toda a faixa sitiada.

Rik Peeperkorn, representante da OMS no território palestino, disse na quinta-feira que as três pausas ocorrerão das 6h às 15h (03h00 às 12h00 GMT) e durarão três dias cada, em diferentes áreas de Gaza, começando no domingo.

“Não vou dizer que esse é o caminho ideal a seguir. Mas esse é um caminho viável a seguir”, disse Peeperkorn. “Isso vai acontecer e deve acontecer porque temos um acordo.”

Grupos humanitários e médicos disseram que o ataque de quase 11 meses de Israel a Gaza deslocou quase toda a população e criou condições insalubres que permitiram a proliferação de doenças.

Abdel-Rahman Abu El-Jedian, um palestino de 10 meses, ficou parcialmente paralisado esta semana após contrair poliomielite, doença que não estava presente em Gaza há 25 anos.

Peeperkorn disse que a campanha terá como objetivo vacinar 640.000 crianças menores de 10 anos.

“Isto [the agreement] surgiu após intensa pressão de autoridades da ONU e dos Estados Unidos, com o Secretário de Estado Antony Blinken também supostamente apelando a Israel para permitir que esta campanha acontecesse”, relatou a correspondente da Al Jazeera Kristen Saloomey das Nações Unidas em Nova York.

“Eles [the vaccinations] começarão no centro de Gaza, e então eles irão para o sul de Gaza por três dias e então para o norte de Gaza por três dias. Eles dizem que receberam garantias das autoridades israelenses de que se eles não conseguirem dar tantos tiros quanto precisam nesses três dias, eles receberão um dia extra em cada um desses lugares também”, ela acrescentou.

O grupo palestino Hamas disse à agência de notícias Reuters que recebeu bem a notícia e trabalharia com organizações internacionais para ajudar a facilitar o sucesso da campanha.

As autoridades israelenses disseram na quarta-feira que as vacinações seriam realizadas em coordenação com os militares israelenses “como parte das pausas humanitárias de rotina que permitirão que a população chegue aos centros médicos onde as vacinas serão administradas”.

Grupos humanitários acusaram Israel de desmantelar sistematicamente a infraestrutura médica e atacar trabalhadores humanitários em Gaza durante o conflito.

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