Explosão na base da coalizão liderada pelos EUA no Iraque antes da visita do presidente do Irã
Bagdá, Iraque:
As forças de segurança iraquianas disseram que uma explosão foi ouvida na base militar da coalizão liderada pelos EUA no Aeroporto Internacional de Bagdá na terça-feira à noite, um dia antes da visita do presidente do Irã.
“Às 23:00 (20:00 GMT), uma explosão foi ouvida dentro do Aeroporto Internacional de Bagdá, na área ocupada por conselheiros da coalizão internacional”, de acordo com uma declaração publicada na plataforma de mídia social X pelo porta-voz do Comando de Operações Conjuntas, Major General iraquiano Tahseen Al Khafaji.
“As forças de segurança iraquianas não conseguiram… determinar a origem da explosão, que não foi reivindicada”, de acordo com a declaração, que foi atribuída às forças de segurança iraquianas e também publicada pela agência de notícias estatal INA.
O tráfego aéreo não foi afetado e nenhum voo foi interrompido, acrescentou.
Um alto oficial militar, falando sob condição de anonimato, disse à AFP que “dois foguetes do tipo Katyusha” causaram a explosão.
“Um caiu no muro do complexo das forças antiterroristas iraquianas. O segundo estava dentro da base que hospeda a coalizão antijihadista internacional liderada por Washington”, disse o oficial.
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian era esperado no Iraque na quarta-feira, em sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo em julho.
As relações entre o Irã e o Iraque, ambos países de maioria xiita, tornaram-se mais próximas nas últimas duas décadas.
Teerã é um dos principais parceiros comerciais do Iraque e exerce considerável influência política em Bagdá, onde seus aliados iraquianos dominam o parlamento e o governo atual.
Um porta-voz do grupo armado Ketaeb Hezbollah (Brigadas do Hezbollah), apoiado pelo Irã, no Iraque, criticou o que chamou de “um ataque” que visava “atrapalhar a visita do presidente iraniano a Bagdá”.
Em uma publicação no X, o porta-voz Jaafar al-Husseini pediu aos serviços de segurança iraquianos que identificassem os perpetradores.
No ano passado, as forças da coalizão lideradas pelos EUA foram alvos dezenas de vezes de drones e foguetes no Iraque e na Síria, enquanto a violência relacionada à guerra entre Israel e Hamas em Gaza atraiu grupos armados apoiados pelo Irã em todo o Oriente Médio.
As forças dos EUA realizaram vários ataques de retaliação contra esses grupos em ambos os países.
Para apaziguar a situação e poupar o Iraque das consequências das tensões regionais, os Estados Unidos e o Iraque vêm negociando uma retirada gradual das forças antijihadistas lideradas pelos EUA.
Os Estados Unidos enviaram cerca de 2.500 soldados para o Iraque e 900 para a Síria como parte da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico.
As forças de segurança iraquianas dizem que são capazes de lidar com os remanescentes do EI sem ajuda, já que o grupo não representa nenhuma ameaça significativa.
(Com exceção do título, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)