Science

As fascinantes nanoestruturas das borboletas

Uma equipe de cientistas interdisciplinares da Austrália e da Áustria desenvolveu um método para entender como as borboletas formam suas cores fascinantes.

O estudo de pesquisa, liderado por Bodo Wilts, professor de Física de Materiais na Universidade Paris Lodron de Salzburgo, lança nova luz sobre um fenômeno da natureza até então pouco compreendido.

“Borboletas e muitos outros insetos têm pequenas nanoestruturas que os permitem produzir cores. Embora já saibamos muito sobre as propriedades ópticas dessas estruturas, o processo de desenvolvimento dessas estruturas em sistemas biológicos ainda é um mistério”, explica Wilts.

As cores produzidas por essas estruturas são criadas pela interação da luz com nanoestruturas regularmente arranjadas – um fenômeno conhecido como cor estrutural, que ocorre em quase todas as áreas da vida, de animais e plantas a bactérias. “Nosso estudo se concentrou em desenvolver um método que nos permite medir precisamente as cores que essas estruturas desenvolvem dinamicamente ao longo do tempo”, diz Wilts.

A equipe de pesquisa demonstrou com sucesso que a microscopia hiperespectral – uma técnica especial que fornece informações espectrais para cada pixel da imagem – tem a resolução espacial, temporal e espectral necessária para visualizar o desenvolvimento de nanoestruturas ópticas em sistemas biológicos vivos. “Essa técnica abre possibilidades completamente novas para estudarmos o processo dinâmico de desenvolvimento de cores em borboletas e outros insetos no futuro”, acrescenta Wilts.

Em contraste com a microscopia de luz convencional, que registra apenas em três canais de cor (vermelho, verde e azul), a microscopia hiperespectral pode registrar centenas de canais de cor. Isso permite que as nanoestruturas e potencialmente seu desenvolvimento sejam observados em tempo real.

Os resultados completos do estudo “Elucidando a organização nanoestrutural e as propriedades fotônicas das escamas das asas de borboletas usando microscopia hiperespectral” foram publicados no periódico Royal Society Interface.

Source

Related Articles

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Back to top button